terça-feira, 19 de abril de 2011

Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida.



sexta-feira, 15 de abril de 2011

"A vida tem caminhos estranhos, tortuosos, as vezes difíceis: um simples gesto involuntário pode desencadear todo um processo. Sim, existir é incompreensível e excitante. As vezes que tentei morrer foi por não poder suportar a maravilha de estar vivo e de ter escolhido ser eu mesmo e fazer aquilo que eu gosto - mesmo que muitos não compreendam ou não aceitem."

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Quando o canto é reza

Ontem fui ao show da potiguar nordestina e maravilhosa Roberta Sá no Centro Cultural Dragão do Mar aqui em Fortaleza. Sou super fã do trabalho dela, que não é tão extenso, já que são quatro ou cinco cds (não sei bem o certo), porém de uma qualidade peculiar. Meu favorito é o Que Belo Estranho Dia Para se Ter Alegria, que infelizmente não pude ver o show da outra vez em que ela esteve aqui, mas desta vez consegui, e confesso que fiquei impressionada com a presença de palco da Roberta, porque talento eu já sabia que ela tinha. De brinde, (e que brinde) pude conhecer o trabalho do Trio Madeira Brasil, um conjunto musical instrumental brasileiro de choro criado no Rio de Janeiro e composto por Ronaldo do Bandolim no bandolim, Marcello Gonçalves no violão de 7 cordas e José Paulo Becker no violão, o trio participa inteiramente do novo álbum Quando o Canto é reza, uma homenagem ao compositor baiano Roque Ferreira (que eu conhecia, mas não sabia).
Então, fica aqui minha sugestão para todos que gostamde música, e amam conhecer um trabalho caprichado. Digo mais, o Brasil precisa urgente de que artistas como a Roberta Sá, tenham mais espaço na mídia, para que os brasileiros conheçam músicas que são 'a cara' do nosso país.

Vládia Almeida

sexta-feira, 8 de abril de 2011

                                                                     
Fruto de  engano ou de amor,
Nasço de minha própria contradição.
O contorno da boca, a forma da mão, o jeito de andar
(sonhos e temores incluídos)
Virão desses que me formaram.
Mas o que eu traçar no espelho
há de se armar também segundo meu desejo.
 Terei meu par de asas cujo vôo se levanta desses
que me dão a sombra onde eu cresço - como, debaixo de árvore, um caule e sua flor.

Lya Luft