terça-feira, 27 de julho de 2010

segunda-feira, 26 de julho de 2010



"A vida, no que tem de melhor, é um processo que flui, que se altera e onde nada está fixo"

Carl Rogers

terça-feira, 20 de julho de 2010

Dia dos amigos



Amor não resiste a tudo, não. Amor é jardim. Amor enche de erva daninha. Amizade também, todas as formas de amor.

Tenho amigos tão bonitos. Ninguém suspeita, mas sou uma pessoa muito rica.

Meus amigos são muito fortes e muito profundos, são amigos de fé, para quem eu posso telefonar às cinco da manhã (...)
Amigos não "são para essas coisas", não. Isso é um clichê detestável, significando quase sempre que amigo é saco de pancadas (...)
Amigos são para dividir o bom e o mau, mas também para deixarem as coisas sempre limpas entre eles — amigos devem ser solidários.

Porque é tão mais fácil aturar a vida sabendo que tem você. Agora sem você, meu amigo, a coisa é feia. Realmente feia.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Quando acontece de alguém parecer aos meus olhos, (...) fico imediatamente cheio de espinhos – e corto relacionamentos com a maior frieza. É preciso acabar com esse medo de ser tocado lá no fundo. Ou é preciso que alguém me toque profundamente para acabar com isso.

Caio F Abreu

quinta-feira, 15 de julho de 2010

A morte devagar...


Morre lentamente quem não troca de idéias, não troca de discurso, evita as próprias contradições.
Morre lentamente quem vira escravo do hábito, repetindo todos os dias o mesmo trajeto e as mesmas compras no supermercado. Quem não troca de marca, não arrisca vestir uma cor nova, não dá papo para quem não conhece.
Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru e seu parceiro diário. Muitos não podem comprar um livro ou uma entrada de cinema, mas muitos podem, e ainda assim alienam-se diante de um tubo de imagens que traz informação e entretenimento, mas que não deveria, mesmo com apenas 14 polegadas, ocupar tanto espaço em uma vida.
Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o preto no branco e os pingos nos is a um turbilhão de emoções indomáveis, justamente as que resgatam brilho nos olhos, sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho, quem não se permite, uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não acha graça de si mesmo.
Morre lentamente quem destrói seu amor-próprio. Pode ser depressão, que é doença séria e requer ajuda profissional. Então fenece a cada dia quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente quem não trabalha e quem não estuda, e na maioria das vezes isso não é opção e, sim, destino: então um governo omisso pode matar lentamente uma boa parcela da população.
Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva incessante, desistindo de um projeto antes de iniciá-lo, não perguntando sobre um assunto que desconhece e não respondendo quando lhe indagam o que sabe. Morre muita gente lentamente, e esta é a morte mais ingrata e traiçoeira, pois quando ela se aproxima de verdade, aí já estamos muito destreinados para percorrer o pouco tempo restante. Que amanhã, portanto, demore muito para ser o nosso dia. Já que não podemos evitar um final repentino, que ao menos evitemos a morte em suaves prestações, lembrando sempre que estar vivo exige um esforço bem maior do que simplesmente respirar.

terça-feira, 13 de julho de 2010


Mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo - quero sempre ter a garantia de pelo menos estar pensando que entendo, não sei me entregar à desorientação.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Eu quis tanto ser a tua paz, quis tanto que você fosse o meu encontro. Quis tanto dar, tanto receber. Quis precisar, sem exigências. E sem solicitações, aceitar o que me era dado. Sem ir além, compreende? Não queria pedir mais do que você tinha, assim como eu não daria mais do que dispunha, por limitação humana. Mas o que tinha, era seu. "

terça-feira, 6 de julho de 2010





Ninguém acredita, mas eu sou uma pessoa muito sozinha...
Não pense que isso é ruim não, porque ruim é não sentir nada, a solidão faz parte.

Caio F. ABreu

sábado, 3 de julho de 2010

Retrato



Retrato de Cecília Meireles interpretado por Sueli Costa. Lindo de se ouvir!

Retrato


Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida a minha face?"

Cecília Meireles